Em março de 2010, o então diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, recém-nomeado, visitou nosso país. Durante sua agenda de reuniões, foi convidado pela Fundação TAEDA a participar de um encontro de trabalho e de um jantar no Palácio Balcarce, sendo homenageado pelo presidente de nossa Fundação, Mario Montoto. Na ocasião, também foi entrevistado pela revista DEF. Em diálogo com a publicação, afirmou que “a energia nuclear não deveria ficar limitada aos países desenvolvidos”. Adicionou, sobre sua missão à frente da AIEA: “Temos dois objetivos: promover o uso pacífico da energia nuclear e prevenir a não proliferação de armas nucleares”. Assegurou que o organismo poderia desempenhar um papel-chave como “organização internacional neutra, por exemplo, facilitando a comunicação, coordenação e troca de informações entre os países membros”. No entanto, esclareceu que “a responsabilidade de garantir a segurança nuclear é uma responsabilidade dos Estados soberanos”. Quanto ao papel da Argentina, destacou o protagonismo do país como produtor de molibdênio-99 – um radioisótopo necessário para o diagnóstico e tratamento do câncer – entre suas contribuições para os usos médicos da energia nuclear. Além disso, enfatizou a experiência da Agência Argentino-Brasileira de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), um caso único que “poderia servir como referência para outros Estados, que poderiam aprender com essa experiência”, destacou o funcionário. Do jantar organizado pela Fundação TAEDA, ao qual Amano compareceu junto com seu chefe de gabinete, o diplomata argentino Rafael Grossi, participaram funcionários do Ministério das Relações Exteriores e personalidades do setor nuclear argentino.
